O Departamento de Turismo, vinculado à Faculdade de Turismo e Hotelaria (FTH) da Universidade Federal Fluminense (UFF) criou o Curso Superior de Tecnologia em Hotelaria, que surgiu da identificação de uma oportunidade de mercado para implantação de um curso de natureza pública, vinculado à área de hospedagem, uma vez que existem pouquíssimas oportunidades similares em território nacional.
No contexto contemporâneo, faz-se necessário que a universidade mostre-se aberta às novas demandas da sociedade, bem como preparada para atendê-las. Um dos muitos argumentos apresentados em prol da defesa de um novo curso de graduação nesta área de hospedagem é o fato de o parque hoteleiro do Estado do Rio de Janeiro ser bastante amplo e carente de referências de formação especializada que permitam a aplicação, o desenvolvimento e a difusão efetivos de novas tecnologias instrumentais e de gestão de meios de hospedagem e também de estabelecimentos não hoteleiros que têm as rotinas hoteleiras como ferramentas estratégicas de gestão. Por esta vertente, empresas em geral, o sistema de saúde como um todo, as cidades e os empreendimentos dos setores de Alimentos & Bebidas, Eventos e Entretenimento, são também objetos de estudo da área de hospitalidade e da hospedagem.
Além disso, as perspectivas de desenvolvimento e profissionalização da hospitalidade comercial, em função da inserção do Rio de Janeiro e municípios vizinhos no circuito dos megaeventos esportivos da contemporaneidade, apontam para a necessidade de a universidade se sobrepor e se destacar no provimento de capacitação tecnológica de qualidade.
O Curso Superior de Tecnologia em Hotelaria da UFF foi concebido a partir do entendimento da hospitalidade como um fenômeno social-antropológico, cujos desdobramentos têm influência nos espaços onde acontecem as interações pessoais e inter-pessoais características da sociedade contemporânea. A vertente comercial da hospitalidade, conhecida como hotelaria, é um dos setores que muito tem avançado no país (e no mundo) nas últimas décadas, a partir não só do aumento e melhoria da oferta de instalações e serviços, mas da geração de emprego e renda e da conseqüente expansão da economia, a partir da integralização de uma complexa rede de negócios e relacionamentos.